Monday, May 12, 2014

PSICOLOGIA DO ESPORTE







Domingo, dia das mães, 11 de maio de 2014, depois do tradicional almoço, fui procurar se a nossa seleção brasileira de futebol tem psicólogo e encontrei  este texto de Renato Miranda que é  graduado em Educação Física (UFJF) e possui mestrado e doutorado em Psicologia do Esporte, no site: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/psicologiadoesporte_copa_do_mundo01.htm  e concordei com ele. Acredito que esta critica foi escrita para a seleção de  2010, pois ele inicia o texto assim: O técnico da seleção brasileira de futebol Dunga não acredita em treinamento psicológico. Pelo menos para a Copa 2010. Entendo de certa maneira essa posição. Na maioria das vezes em que se falou em treinamento psicológico na seleção de futebol, tivemos: psiquiatra, “especialistas” em autoajuda, “motivadores”, psicólogos não especializados e, portanto, houve de tudo, menos psicologia do esporte propriamente dita. Ele   segue: Com isso há um pré-conceito negativo em torno de temas fundamentais para o desenvolvimento do rendimento esportivo como, estresse, ansiedade, concentração, motivação e outros.

Mas veja o texto do Renato.
Pergunte a qualquer aluno iniciante em educação física e áreas correlatas ou até mesmo para um desportista:

Quais os elementos que compõe a preparação de um atleta, desde a iniciação esportiva?

Todos eles terão na ponta da língua: treinamento técnico, físico, tático e psicológico. É quase um bordão no discurso de jornalistas, técnicos e jogadores de futebol.

Assim sendo, desde a tenra idade, as habilidades psicológicas deveriam ser aprendidas e desenvolvidas: desde a habilidade de se concentrar ao controle emocional, passando pelo aprendizado de técnicas de relaxamento, ativação e automotivação, tudo isso deveria fazer parte da formação de nossos atletas de futebol de maneira sistemática e continuada. Em uma Copa do Mundo de futebol, o treinamento psicológico seria então tratado como as demais formas de preparação (física, técnica e tática) e não como algo extravagante ou desprezível.

Como a seleção brasileira de futebol não consegue perceber que é possível reverter esse quadro, insiste em deixar que o estilo de cada técnico determine o que deve ser feito. Em consequência, não há um programa ou sistema de desenvolvimento do treinamento psicológico em nossas seleções de futebol.

Deixar nosso desempenho em Copas do Mundo de futebol somente à mercê de nosso talento e técnica é ratificar a história de perdermos várias Copas que poderíamos ganhar. O treinamento psicológico se expande no âmbito de um ambiente esportivo com consequências positivas.

Além de melhorar o rendimento dos atletas no campo de jogo, permite ao atleta aprender e aperfeiçoar comportamentos fora do ambiente esportivo que o ajudarão em suas tarefas esportivas.

Veja alguns exemplos:

- “Estudar” as ações do adversário de forma independente e programar mentalmente aquilo que tem que ser feito. É o caso de goleiros que avaliam como determinado jogador chuta em gol e, portanto, se prepara melhor para enfrentar o mesmo;

- Em outra situação, saber executar exercícios de relaxamento de maneira autônoma para poder dormir mais rápido e profundamente. Você já imaginou a hipótese de quantos jogadores não dormem bem antes de um jogo decisivo em função da alta ansiedade?;

- O treinamento psicológico proporciona o aprendizado de um melhor relacionamento com a mídia e ameniza ou evita a tensão natural de uma convivência diária de opiniões e críticas divergentes;

- O treinamento psicológico atinge também a comissão técnica, principalmente o treinador, quando o mesmo pode aprender como regular sua ansiedade na hora do jogo para poder pensar melhor. Aos poucos saberá como se relacionar adequadamente em entrevistas coletivas e enfrentar situações adversas, além de aumentar sua capacidade de tomar decisões rápidas e oportunas.

Essas e outras consequências são frutos do treinamento da concentração, da automotivação, da ativação básica (excitação nervosa), mentalização, relaxamento e outros.

Duas perguntas básicas:

Com esses pequenos exemplos podemos chegar à conclusão da importância do treinamento psicológico para a disputa de uma Copa do Mundo de futebol?

Queremos ganhar mais uma Copa. Sinceramente, pela nossa cultura futebolística e potencial, creio que poderíamos ter ganhado muito mais e ao mesmo tempo ser modelo de preparação e comportamento.

Nossa seleção deveria ser regida pela alegria e tranquilidade. Temos talento para nos permitir agir assim. Ganhar e se comportar bem são produtos de formação e treinamentos de qualidade. Quando não se sabe o que e como fazer aí sim só resta insegurança e brutalidade. Não é à toa que tivemos mais decepções do que glórias em Copas do Mundo.

Que os lampejos da técnica individual nos dê mais uma Copa. Será?


Mas agora em 2014 muitos podem não ter percebido foi a inclusão, em sua comissão técnica, de uma psicóloga do esporte. Regina Brandão(Foto) já havia trabalhado com Felipão no Palmeiras e na seleção brasileira e sua convocação mostra como, quando o trabalho psicológico é bem feito, é reconhecido e valorizado pelos outros profissionais,






regina_brandao



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