O AMOR ESTÁ AO LADO

Era uma vez uma garota que trabalhava ao lado de um garoto. Eles começaram a viajar juntos pelas estradas da vida e sempre sentavam à beira do caminho para almoçar. Certo dia, a mocinha percebeu que estava na hora de deixar de comer carne animal, a partir daquele dia, só iria comer peixe e camarão, pois tinha acabado um relacionamento com outro garoto e precisava conquistar seu novo amor e era aquele garoto que sempre se alimentava a sua frente. O peixe lhe deixaria mais sadia e sarada, pois o garoto era muito exigente. O tempo foi passando, mas com poucos dias de dieta, finalmente a garota conquistou seu novo amor e ela sempre pensava: - Puxa! Um amor ao meu lado e eu quase perdi. Ainda bem que esse mundo ainda não está perdido, isto é, o amor não está perdido e bem do meu lado. O namoro firmou-se, mas completamente escondido dos seus colegas de trabalho, parecia que era um amor proibido, mas não deu para esconder por muito tempo, pois marcaram o casamento, sem alianças, sem andar de mãos dadas. Que lindo os dois pombinhos, eles trabalhavam num lugar que era um verdadeiro bosque e certamente entre uma árvore e outra, rolava um beijinho. Na contagem regressiva para o dia do casamento, a mocinha começou a coçar as mãos, dor no joelho, alergia por todos os lados, dor de barriga, na cabeça, isto é, por todos os lugares, enquanto isso, o garoto só sentia dor na coluna. A mãe da mocinha orava e nada, os médicos medicavam, mas não sabia que a mocinha iria casar e a dores continuavam. Já o garoto fazia todos os exames na coluna, mas os médicos também não sabiam que ele iria casar com a colega de trabalho e a dor na coluna do garoto aumentava. Certo dia, a garota procurou um psicólogo e encontrou as respostas para suas dores e alergias, era simplesmente uma questão de ansiedade e estresse. Faltando poucos dias para o casamento, a mocinha já se sentia melhor, mais calma, resolveu ajudar a dor da coluna do noivo, que numa certa manhã chegou para ela e disse: - Amor. Ai! Como minha coluna está doendo hoje. A mocinha deu um largo sorriso. O garoto franziu a testa e disse: - Você ainda rir? A garota continuou sorrindo e disse: - Com certeza amor, quando a gente se casar, você vai ficar bonzinho dessa coluna. Chegou o dia do casamento e eles casaram, não se sabe se tinha alguma coisa doendo, mas casaram. Depois da lua de mel, voltaram ao trabalho, sadios e sorridentes, sem nem um tipo de dor. Nada melhor de que um casamento para curar as dores da vida. Ufa!

A DOCE TORTA

Segundo o dicionário: Torta: 1 Adjetivo.

1.Que não é reto, direito; sinuoso, torcido, tortuoso:
Substantivo feminino.
1.Cul. Espécie de pastelão doce ou salgado, recheado, com a tampa de massa ou sem ela.
2.Cul. Bolo (2) de camadas, recheado e em geral com cobertura.
3.Bagaço proveniente da prensagem das sementes oleaginosas (na extração do óleo), e que se usa como adubo e forragem.
4.Lus. Cul. Rocambole (1) doce.

Era uma vez uma aula prática de Neuroanatomia. Numa turma que 80% eram mulheres. O professor estava auxiliado por seu monitor, enquanto isso, os alunos todos atentos e silenciosamente empolgados no assunto sobre o encéfalo. Após muitas explicações, o então professor perguntou a turma quem tinha dores de cabeça frequentemente. Umas três moças levantaram o braço. O professor olhou para elas e pediu um sapato de cada uma. Seu monitor pegou os sapatos e juntamente com o professor foi examinar. No último sapato, o professor perguntou de quem era. Uma linda jovem respondeu que era seu, inclusive uma das mais bonitas da turma, pele branca, cabelos pretos, um corpo de modelo, pois a jovem não andava, simplesmente desfilava e ainda só assistia aula toda maquiada, uma verdadeira musa. O professor pediu que a jovem se aproximasse e olhando para o solado do sapato da linda garota, disse: - Você anda torta. Ele andou com a perna para dentro, dizendo que a moça andava assim. Todos riram, menos um jovem garoto, o mais novo da turma, pois aquele jovem é quem andava todo torto, coitado, sua deficiência foi na perna direita, por causa de um acidente de carro. Após o professor medir os ombros da musa, afirmou que ela era realmente torta e falou: - Você tem que fazer fisioterapia, pois seu corpo é completamente torto, isto é você é torta, por isso tem dor de cabeça. A garota calçou o sapato, deu um leve sorriso e voltou ao seu lugar. Fim da aula. No outro dia, estava a garota desfilando nos corredores da universidade e passa pelo garoto torto e eles param. A garota torta e o garoto torto, frente a frente. Ele olha bem nos olhos da jovem e diz: - Menina, esse mundo está perdido, eu que pensava que era o torto da turma, pois é, e o professor dizer que é você. A garota deu uma gargalhada e disse. – Que isso menino eu sou torta mesmo. O garoto disse: - Está bom doce torta de chocolate branco, eu acredito em coelhinho da Páscoa.

A CÚMPLICE

08 de março, dia internacional da mulher. Parabéns.

Eu quero uma mulher que seja diferente, de todas que já tive, de todas tão iguais,

que seja minha amiga, amante, confidente, a cúmplice de tudo, que eu fizer a mais.

No corpo tenha o Sol, no coração a Lua, a pele cor de sonho, as formas de maças,

a fina transparência, uma elegância nua, o mágico fascínio, o cheiro das manhãs.

Eu quero uma mulher, de coloridos modos, que morda os lábios sempre,

que for me abraçar, no seu falar provoque, o silenciar de todos, e seu silêncio obrigue

a me fazer sonhar. Que saiba receber, que saiba ser bem-vinda, que possa dar jeitinho

a tudo que fizer, que ao sorrir provoque, uma covinha linda, de dia, uma menina,

a noite, uma mulher.

Composição: Juca Chaves

O ESTEPE

A FIAT completou 35 anos no Brasil, seu primeiro carro foi o FIAT 147 em 1977. Foi uma novidade para os carros populares, pois o grande campeão de vendas era o Fusca, simplesmente imbatível. Mas ainda tinha alguém que queria ser diferente e deixar o Fusca para trás. Naquele mesmo ano de 77. Um senhor produtor de bananas foi até uma concessionária FIAT comprar um 147, entrou com sandálias tipo Havainas, pés sujos, calças manchadas com nódoas do leite da banana e com um saco de açucar nas costas. O vendedor se preparou para dizer que não tinha esmolas, mas o senhor se dirigiu até um 147 branco e disse: - Quanto é um bichinho? O vendedor prontamente se retirou do local e o senhor ficou acenando com a mão esquerda, pois a direita estava segurando o saco. O gerente pela vidraça viu a cena e foi até o senhor. Poucos minutos, aquele senhor humilde estava derramando o saco com o dinheiro para pagar o carro. Recebeu as chaves, a nota fiscal e saiu sorrindente em parte, pois faltavam dentes em seu sorriso. Ele foi em direção ao seu sítio, que tinha uma estrada com pedras. O senhor não deu sorte, uma daquelas pedras cortou o pneu do 147. Ele foi para o acostamento, viu o pneu cortado e pousado naquele chão duro, coçou a cabeça e foi providenciar a troca do pneu. Abriu o porta malas, mexeu por todo lugar e não encontrou o pneu reserva, então foi para debaixo do carro e também não encontrou nada, depois revirou os bancos e nada. Novamente, começou a coçar a cabeça, mas já estava perto de sua propriedade rural. Ele olhou para o ceú e disse: - Que cabra safado, me vendeu essa porcaria de carro sem o danado do estepe. Três dias depois, o carro ainda no mesmo local e ele foi até a concessionária reclamar. Os mecânicos foram até o local com o senhor, ao chegarem, pediram para o senhor abrir o capô e ele disse: - Não quero ver motor, quero o estepe. Os mecânicos educados pediram licença e abriram o capô do FIAT 147. Os olhos do senhor ficaram esbugalhados ao ver o pneu junto ao motor, aquele pneu brilhava com o sol ardente, era como aquele objeto está dizendo: - Tô há três dias esperando o senhor. O senhor pediu mil desculpes e depois do pneu trocado, saiu resmugando. -Ah! pneuzinho filho da puta de escondido.

PENSATIVO

Pensei que estivesse pensando, mas percebi que não pensei e o pensamento foi embora, não conseguindo idealizadar, a figura do pensar.

O pensamento recuou, deixando muito triste, seu ilustre pensador, que por si mesmo, ficou aguçado e pensativo, porém fez a terapia do amor.

Ficou ativo e curou a sua dor.